Turismo ecológico em risco: preservação ambiental deve ser prioridade em áreas de mata nativa
A cidade de Águas da Prata, conhecida por suas belezas naturais e forte apelo ao turismo ecológico, está enfrentando uma séria ameaça à sua biodiversidade. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento alerta para o uso indevido de velas acesas em rituais religiosos realizados dentro da mata, prática que representa um elevado risco de incêndios florestais e é enquadrada como crime ambiental segundo a legislação vigente.
As velas encontradas recentemente acesas dentro do Parque Estadual — conhecido popularmente como Bosque — evidenciam um comportamento que, mesmo não intencional, pode provocar grandes tragédias ambientais. A preservação da fauna e flora local está diretamente ameaçada por esse tipo de ação.
“Não se trata de preconceito religioso, mas de responsabilidade ambiental. Existem maneiras seguras e conscientes de exercer a espiritualidade sem colocar em risco o meio ambiente e a segurança pública”, destaca a secretaria.
Incêndios florestais e danos ao ecossistema
Além do risco de destruição de árvores nativas, incêndios causados por velas podem provocar mortes de animais silvestres, comprometer trilhas ecológicas e impactar negativamente o turismo sustentável — um dos principais atrativos da região. Também existe o perigo de o fogo se alastrar até áreas urbanas, ameaçando vidas humanas, residências e estruturas públicas.
Em anos anteriores, Águas da Prata já enfrentou situações críticas envolvendo incêndios que demandaram a atuação de equipes de prevenção e combate a queimadas, com prejuízos ambientais e financeiros expressivos.
Sustentabilidade começa com atitudes conscientes
A recomendação da Prefeitura é clara: práticas espirituais devem ser realizadas em locais apropriados, fora de áreas de preservação. O uso de velas, incensos e materiais inflamáveis deve ser evitado em qualquer área de vegetação seca ou com alto risco de combustão.
Para proteger o patrimônio ambiental de Águas da Prata, é fundamental que moradores e visitantes adotem uma postura de respeito às regras de preservação ambiental e sustentabilidade. A conscientização coletiva é o melhor caminho para garantir que futuras gerações possam desfrutar das mesmas belezas naturais que hoje encantam turistas e moradores da região.
