Família denuncia falhas no atendimento médico de emergência após sucessivos episódios de engasgo em criança com bronquiolite
Casos de internação de bebês em situação grave expõem fragilidade do sistema de saúde infantil na região
Na tarde do último domingo, um caso alarmante envolvendo uma criança com sintomas de bronquiolite acendeu o alerta para os perigos da negligência médica no sistema público de saúde. Segundo relatos da família, o menino — morador de Águas da Prata — começou a apresentar sinais de engasgo com catarro no dia 27 de abril. A situação se agravou rapidamente, mas a ambulância do SAMU demorou a chegar. A Polícia foi a primeira a socorrer a criança.
UPA Infantil classificou caso grave como “simples gripe” e liberou paciente com prescrição básica
A mãe da criança, preocupada com a falta de ar constante do filho, seguiu todos os protocolos indicados pelos profissionais da UPA, localizada em São João da Boa Vista. Mesmo assim, o menino voltou a se engasgar e precisou de novo atendimento. Somente após retornar ao médico de Águas da Prata, a gravidade foi reconhecida: o quadro exigia internação imediata em hospital de referência.
Alta médica precoce: negligência ou falha de protocolo?
Após um dia e meio internado, o menino foi liberado com a justificativa de que “o caso não era grave e poderia ser tratado em casa”. No entanto, ele voltou a ar mal, sendo levado às pressas à Santa Casa, onde novamente recebeu alta no mesmo dia. Poucas horas depois, engasgou novamente — desta vez, entrou em estado gravíssimo. A criança segue entubada e sedada, aguardando vaga na UTI neonatal.
Casos de internação de bebês aumentam enquanto sistema falha no atendimento inicial
Este caso se soma a outros episódios recentes envolvendo bebês com sintomas respiratórios graves, que tiveram o quadro subestimado e receberam alta precoce. Segundo familiares, há relatos de outras crianças com bronquiolite sendo internadas nos últimos dias, o que reforça a necessidade de atenção redobrada aos sinais clínicos e de protocolos mais eficientes para triagem e encaminhamento. A superlotação, a falta de especialistas e a demora nas transferências para UTI neonatal têm sido apontadas como fatores críticos por profissionais da área.
Especialistas alertam: bronquiolite é perigosa e requer atenção imediata
Médicos e especialistas em saúde infantil reforçam que a bronquiolite em bebês pode evoluir rapidamente e exige monitoramento constante e internação, especialmente quando há repetidos episódios de engasgo, dificuldade para respirar ou chiado no peito.
Quantas vidas mais serão perdidas por falhas no atendimento pediátrico de urgência?
Este é mais um caso que evidencia a fragilidade do atendimento de emergência para crianças em pequenas cidades e regiões do interior. A família, desolada, cobra justiça e mais rigor nos protocolos médicos para evitar que outras vidas sejam colocadas em risco.

Post no Grupo Fala São João Classificados:
https://www.facebook.com/groups/FalaCLASSIFICADOS/posts/9875179562595568